quarta-feira, fevereiro 01, 2006

Negócios da China ...


.... até no futebol, com o Real Madrid a investir cem milhões de yuan no Beijing Guo’an. A quantia permite ao clube espanhol adquirir dez por cento dos activos do clube chinês e penetrar no mercado mais vasto do planeta.
O Sheffield United seguiu as pisadas do gigante espanhol e concretizou uma negociata ainda mais rotunda ao
comprar noventa por cento do Chengdu Five Bulls, clube que milita este ano na segunda divisão do futebol chinês.
O futebol, que por estes lados ainda tem a pujança quase estóica dos jogos entre solteiros e casados das terriolas do norte (de Cipango nao é, de Portugal, claro), joga-se na China muito mais fora das quatro linhas que dentro do rectângulo de jogo.
O merchandising é no Império do Meio um negócio sério, o futebol um garante de audiências elevadas para as televisões da China, de Hong Kong e de territórios afins e a oferta é tao variada que até a série B italiana é possivel acompanhar com requintes de exclusividade.
E depois – mesmo sendo tanta a distância - há o futebol como star system, com os mesmos contornos de fanatismo, admiração e dependência que existe às portas de Anfield Road ou do Camp Nou e ainda que um Real Madrid-Barcelona se nao anuncie para tão depressa, é encontra-los, aos Beckham’s, aos Ronaldos e aos Eto’os, de olhos franzinos e rasgados, de maillot em riste, fintando hordas de turistas no Largo do Senado.