sábado, junho 02, 2007

Maio Maduro Maio I


O post abaixo foi escrito há mais de um mês, horas antes da manifestação do 1º de Maio ter tomado as ruas do território.
Não tinha como objectivo congeminar futurologia, mas algumas das coisas que lá foram ditas tornaram-se, de um modo ou outro, proféticas. Falavam de um regime que emerge, de um "Estado" que se faz pouco rogado no que toca ao uso da força e de manobras de censura, persusasão e propaganda.
Para quem não se coíbe de apontar o dedo às coisas, o mês de Maio foi um banquete. E os laivos, que não tinham intenção de ser proféticos e que acabaram por expor as fraquezas de uma governação RAEM(ática) colocaram a nu o esqueleto do regime que se alevanta: os tiros na manifestação, a ingerência do Gabinete de Comunicação Social no trabalho dos jornalistas do canal chinês da TDM e o caracter expedito com que as forças de segurança impediram a entrada dos "radicais" do território são lacerações mortais na credibilidade de um governo que quer fazer de Macau uma cidade internacional. Cinco tiros para as nuvens e outros tantos para os pés cagam um bocado a pintura e roubam a face à cidade.