Estranho amor, o português ...
Este livro tem um mote, o cruzamento, e um denominador, o desencontro. Não é um estudo, nem um ensaio, nem sequer procura racionalizar a génese e a natureza dos sentimentos. Mas lê-lo é ganhar a percepção da resiliência do amor português: muito mais ponto de fuga que de encontro, muito mais dolente que magnânime, tecido com mais ausência do que partilha, urdido com o estigma da perda e muito parcas vezes com a presença torrencial desse fluxo quixotesco que fez o Cavaleiro da Triste Figura pelejar moínhos de vento nas vastidões de La Mancha.
Não é também tão fértil em génio e imaginação, este livro. Mas é um registo plural sobre o lugar e a dimensão que os portugueses concedem ao amor. Longe da sacralização, parece ser um espaço de idealização, uma maçã apetecida mas ainda presa ao Éden, que se faz de gestos comuns, banais, de uma trivialidade quase absorta. Trinta contos (entre eles, este), trinta novos autores. O futuro poderá dizer se serão valores a descobrir no âmbito da literatura portuguesa.
Não é também tão fértil em génio e imaginação, este livro. Mas é um registo plural sobre o lugar e a dimensão que os portugueses concedem ao amor. Longe da sacralização, parece ser um espaço de idealização, uma maçã apetecida mas ainda presa ao Éden, que se faz de gestos comuns, banais, de uma trivialidade quase absorta. Trinta contos (entre eles, este), trinta novos autores. O futuro poderá dizer se serão valores a descobrir no âmbito da literatura portuguesa.
"Cruzamos os Nossos Olhares em Alguma Esquina", V�rios Autores, Coolbooks, 303 pag, 9, 90 euros, na Fnac - Chiado.
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