segunda-feira, fevereiro 06, 2006

Sonhei-te estática e ainda assim voavas.
asas de cisne, de anjo ou de gaivota
voando alto, do luar, tu me miravas
e eu desfraldava ilusões em cambalhota;
Assim foi que me encontrei um paladino
do voo raso e pardo das tuas asas
quis para nosso corpo o teu destino
de vagar, sofragando, sobre as casas,
quis que o céu por tua cor fosse meu leito,
esse arco alado e quieto fossem braços
as nuvens se transformassem em teu peito
e no meu peito cambalhotas em estilhaços.



Ao meu lado assim quieta e voavas,
compulsões de asa e a tua pele leve rumor
e na carne dos meus lábios semeavas
as primeiras letras da palavra amor.

1 Comments:

At 12:51 da tarde, Blogger cegueira said...

Que bonito...


@cegueira

 

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