terça-feira, julho 03, 2007

Foochow ou os Mil Nomes da China


Teria preferido Xiamen, ainda que as ressonâncias quase fantásticas da antiga Amoy praticamente já não persistam.
Calhou Fuzhou, cidade em que formigam seis milhões de pessoas, mais de metade da população portuguesa condensada no cinzentismo ascético e habitual das urbes chinesas. A Foochow do início do século XX, numa altura em que a China fervilhava mil descontentamentos, muitos dos quais singravam à custa da presença e do apetite rapáceo das nações ocidentais, teria sido o destino ideal.
A China das concessões estrangeiras, de Shameen, de Shangai, de Amoy, de Qingdao, de Porth Arthur, das shangai flowers (tal e qual Josephine Bakers do Oriente) e do ópio. A China dos escritos de Pearl S. Buck e de Sommerset Maugham. Uma vez mais, a China de Foochow, hoje feita Fuzhou. Uma China com mil séculos e com mil nomes. Rostos? Quantos terá no futuro?