sexta-feira, setembro 28, 2007

Os que falam ...


São Tomé e Príncipe é um dos países mais inóspitos do mundo. Duas ilhas e uns quantos ilhéus luxuriantes, moldados num caldo morno de isolamento e de esquecimento. Quem por lá passou fala de um tempo outro, de uma tranquilidade inaudita e de uma espécie de degradação maravilhosa. Aos são tomenses que se decidem pela permanência sobre o fogo do Equador pouco mais sobra que a imaginação e que um manto de um verde que esmaga.
Há uns anos parece que por lá encontraram petróleo. A avidez pelo ouro negro fez com que pela primeira vez em muitos anos o mundo olhasse para o arquipélago e desenterrasse do mapa o semblante das duas ilhas.
Os dois territórios terão sido, porventura, os últimos quinhões do feudalismo medieval português. Fora do mundo e fora de tempo, no São Tomé das roças e da malária, a miséria substituiu a escravatura e durante anos o que restou foi um povo a olhar o mar por querer partir.
Frágil, pobre, pequeno na sua pequenez, o país não soçobrou. Mitigou o isolamento e foi fazendo o que pode, com uma ou outra ajuda. Ontem, Fradique de Menezes cuspiu na realpolitik e, mostrou na 62a Assembleia Geral da ONU, que os amigos não se apunhalam.

3 Comments:

At 2:17 da manhã, Blogger Grace said...

quero visitar ! lindo

 
At 2:18 da manhã, Blogger Grace said...

quero visitar! lindo

 
At 2:18 da manhã, Blogger Grace said...

quero visitar! lindo

 

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