segunda-feira, novembro 28, 2005

Os descrentes e a montanha 3

Vasco Pulido Valente sobre a proibição da ordenação de homossexuais decretada pela hierarquia da Igreja. Ir ao que interessa sem os pruridos enfadonhos da correcta politiquice:

"A Igreja, se goza ainda de certos previlégios, já não domina a política e a
sociedade em Portugal. O que ela aprova ou desaprova já não domina a política e
a sociedade em Portugal. O que ela aprova ou desaprova já não determina ou
influencia ninguém, ou quase ninguém. É uma entidade privada, com a sua lei e os
seus fiéis, que aceitou cordatamente "o semiliberalismo" do regime e não
incomoda ou se não tenta impor ao cidadão comum. Claro que defende, como deve, a
sua doutrina, usando de resto de um direito universal. Seria estranho que não
defendesse. E não se percebe por que razão isso ofende, ou irrita, quem não é
católico. Se a Igreja se recusa a ordenar homossexuais, pior para ela. Que
homossexual precisa de uma Igreja que o condena e o humilha?"