terça-feira, janeiro 04, 2005

Grande Victoria...

Lembra-se do videoclip daquela música do Paul Macartney com os sapinhos a cantar e a pular de nenúfar em nenúfar? Não lhe vinha ao espírito uma vontade de flutuar também sobre as águas, um pé numa folha, outro noutra? No Jardim Botânico de Coimbra, o mais velho de quantos existem no país, quase se torna possível saciar essa vontade, por obra e graça de uma impressionante Victoria Cruziana.
A Victoria Cruziana – assim baptizada em homenagem à rainha inglesa homónima – é nada mais, nada menos que o maior nenúfar do mundo. As suas folhas podem atingir os dois metros de diâmetro e – espante-se! - suportar o peso de uma criança de cerca de vinte quilos.
A “jóia da Coroa” do Botânico (que viu concebida uma estufa expressamente para a sua exibição) tem uma resistência tal que ainda hoje se diz que no seu ambiente natural – a Amazónia equatorial – as mães índias se serviam dela como berço: colocavam os seus bebés nas folhas e esperavam que as águas fizessem o resto.