quinta-feira, fevereiro 03, 2005

Quem está, está. Quem vai, vai.

O atributo indispensável para que quem viva em Portugal possa almejar a uma margem mínima de felicidade não está tanto na lembrança quanto no esquecimento.
A tranquilidade, em Portugal, chega apenas quando, a partir de certos exercícios de esquecimento, nos esquecemos do pendão expansionista da nossa história e da angústia messiânica a ela associada, quando nos esquecemos da míngua de expectativas e das políticas salafrárias ou, porventura principalmente, dos políticos que nos governam. Estóicos, como Ricardo Reis, seremos felizes.