sábado, dezembro 31, 2005

Em leitura ...

terça-feira, dezembro 27, 2005

O Museu da Notícia


À distância dos cliques que se queiram, as primeiras páginas dos principais diários do mundo e de outros que não o são tanto. Uma espécie de prontuário de referência para quem vive no mundo como numa aldeia. Aqui.

Bergoglio, o opositor

Uma investigação do jornal brasileiro O Globo revela alguns dos segredos do conclave de Abril último. Ao que parece, o grande opositor de Ratzinger na corrida à cadeira de São Pedro não terá sido Carlo Maria Martini mas o argentino Jorge Mário Bergoglio, arcebispo de Buenos Aires.
A informação terá sido veículada por um dos quatro cardeais brasileiros presentes no conclave que elegeu Bento XVI. O cardeal mistério atribui uma grande responsabilidade à Opus Dei na eleição de Ratzinger. A investigação é da responsabilidade do jornalista Gerson Camarotti, do diário brasileiro O Globo mas o cerne da informação pode também ser encontrado aqui.

domingo, dezembro 25, 2005

Porque apetece humildade

sábado, dezembro 24, 2005

Nostalgia Maior

O azevinho, a aletria, o bacalhau, a lareira. A noite erigida pela noite fora, o frio cuspindo coriscos contra a vidraça, a mesa farta, um abraço que se faz estreito, a madrugada devota e necessária. A rotina apetecida, a toalha a estrear, a noite que eu queria. Uma noite imensa em paz. Votos deste, de longe, um bom Natal, do Oriente.

segunda-feira, dezembro 12, 2005

A penumbra


Depois da Ota, o TGV. Os governos socialistas têm o condão magnífico de criar para Portugal falsas prioridades, de impôr necessidades a quem nunca soube almejar muito ou, no mínimo, com muita consciência.
Se infraestruturas como as da Ota ou do comboio de alta velocidade fossem de facto prioritárias e necessárias ao desenvolvimento de Portugal (figura quase quixotesca, esta do desenvolvimento, que se procura há mais tempo que aquele de que dispõe a memória) a atitude do governo socialista de propulsionar tais projectos num momento tão improfícuo da identidade do país seria, de certa forma, ousada mas também - porque não dizê-lo? - meritória.
Como "os grandes projectos" parecem joeirar uma nuvem de críticas (algumas bastante surpreendentes, já que oriundas de sectores conservadores, com interesses estabelecidos) e de reticências sobre a viabilidade de tais apostas, a ousadia embrutesce e transforma-se torrencialmente em abuso.
Abuso democrático, mas sobretudo abuso de confiança de uma entidade política com um ascendente considerável sobre os portugueses, tanto quando detém o poder de decisão como quando o crítica e o confronta.
Abuso de confiança porque, quando o eleitorado português colocou o Partido Socialista no poder, o mínimo que seria passível de se esperar seria uma vontade sincera de alterar as coisas, de mudar para melhor.
O governo de Sócrates encheu-se de boas intenções e perdeu-as em menos de um fôlego. Recupera agora os preceitos nefelibatas do agir e do pensar dos executivos socialistas.
Não é necessário, nesse sentido, forçar a memória para perceber que as linhas de pensamento da orientação governativa socialista se coadunam menos com o bem estar dos portugueses, do que com os interesses de certos grupos e entidades.
Ou para realizar que a acção dos governantes socialistas vive embebida de um certo carácter nefelibata e esdrúxulo, em que a opacidade dá a tónica para tudo o resto: o abuso de confiança, o abuso democrático, o abuso de poder.
As "negociatas" que o Partido Socialista impõe ao Estado sempre que assume a rédea do poder primam pelo despudor de já nem sequer se fazerem na sombra. Conservam-se antes e progridem numa penumbra que nem esconde por completo o clientelismo alimentado, nem afasta de todo a possibilidade de uma ascenção engendrada aos pressupostos da legitimidade.
Assim parece ter sido com a Ota. Sócrates juntou ministros e apaniguados com fidalgos de casa mourisca e aprestou-se a dizer ao país o poço de benefícios que traz a localização do novo aeroporto. Só não desmentiu os outeiros e as colinas das Ota porque, esses, infelizmente (Que maçada!) estão à vista.
Uma tal penumbra é tanto mais grave quanto a consciência de que as decisões tomadas traem os interesses dos portugueses a favor de não se sabe bem quem, ainda que existam figuras que acordam de uma letargia sebastiânica sempre que os socialistas agarram o poder. Uma é o empresário cabo-verdeano Ferro Ribeiro.
Sempre que o Partido Socialista ocupa a cadeira de S. Bento, Ribeiro - condestável socialista - emerge de alguma esquina do pântano do esquecimento com vigor renovado e projectos e desafios, apadrinhado sempre pelo antigo presidente da Assembleia da Répública, Almeida Santos.
Ferro Ribeiro é exímio em movimentar-se na penumbra, em emergir dos escolhos e re-inventar negociatas e necessidades. Emerge, agora de novo, com a benção socialista, no propalado arranjo entre a TAP e a Geocapital, de Stanley Ho, tendo como presa a Varig e, temo, uma vez mais, a inércia dos portugueses.

quinta-feira, dezembro 01, 2005

Ligações

Remodelações na coluna ao lado. Alguns acrescentos, algumas desistências.